DESATIVAÇÃO DE DEPÓSITO IRREGULAR DE PNEUS

25/01/2011
Capão da Canoa/RS


ação conjunta da prefeitura, agroambiental e patram desativam depósito irregular de pneus em curumim.




Não há como negar: pneumáticos revolucionaram a automobilística. Igualmente, tornaram-se um grave problema ambiental e de saúde pública.
Após denúncias da comunidade local de dois pontos com grande acúmulo de pneus inservíveis no Distrito de Curumim, município de Capão da Canoa - litoral norte RS - posterior a identificação do problema, a Prefeitura de Capão da Canoa, através da fiscalização ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento, com apoio dos técnicos ambientais da AGROAMBIENTAL e o 3° Pelotão Ambiental da BM (PATRAM), atuou na ação de destinação de forma ambientalmente correta e segura, evitando sérios problemas ambientais e de saúde pública. A operação ocorreu no dia 21/01/2011. A fiscalização ambiental da prefeitura preferiu não dar voz de prisão para o autor do depósito clandestino, pois houve o comprometimento em resolver o problema em 24 horas. A destinação dos pneus para o eco ponto foi acompanhada pela sub-prefeitura de Curumim. O autor do crime ambiental responderá pelo dano no Ministério Público Estadual.
As Organizações Internacionais afirmam que a produção de pneus novos está estimada em cerca de 2 milhões por dia em todo o mundo e que o descarte dos inservíveis passa dessa marca. Só no Brasil são produzidos cerca de 100 mil pneus por dia, e quase metade dessa produção é descartada nesse mesmo período. Estudos apontam que para cada meio quilo de borracha feita de materiais reciclados, aproximadamente 80% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de borracha virgem são economizados. Petróleo e água são poupados.
O pneu deixado nos córregos, rios, lagos, lagoas, diminui a calha e drenagem desses ambientes, entope bueiros e causa assoreamento, aumentando a chance de transbordamentos, enchentes e calamidades. Além disso, armazenado indevidamente, é propenso ao acúmulo de água parada. Nas condições de temperatura que, especialmente, no verão, ela serve de criadouro para os ovos do mosquito Aedes aegypt, transmissor da Dengue, além de outros vetores como o da Malária e Febre Amarela, afirma o Responsável Técnico, Biólogo Fernando Campani. A queima do pneu, ação, infelizmente, comum, também é um ato extremamente perigoso, pois libera uma fumaça carregada de produtos químicos tóxicos, metais pesados e óleo pirolítico, que é capaz de produzir efeitos adversos à saúde, como risco de mortalidade prematura, deterioração das funções pulmonares, problemas do coração, danos nos rins e fígado; deficiência no aprendizado, perda de memória, supressão do sistema imunológico. A Bióloga Fernanda Germano, técnica da Agroambiental, ressalta que essas substâncias atingem o lençol freático e são distantemente disseminados, contaminando solo, água e ar. Estudos afirmam que a contaminação das águas causada pela poluição do material derivado da queima de pneus pode durar 100 anos.
 Para diminuir o passivo (dano) ambiental gerado pelo acúmulo de pneus inservíveis no país, o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA - instituiu a Resolução N.o 258 em 1999. Ela trata da destinação final de forma ambientalmente adequada e segura, dispondo sobre prazos de coleta, reciclagem, etc. Descarte em rios, lagos, terrenos baldios, aterros sanitários, assim como a queima desses objetos a céu aberto são proibidos. Através dessa Resolução, empresas fabricantes e importadoras de pneus, através da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – ANIP – instituíram um programa de coleta e destinação, mediante parcerias com distribuidores, revendedores e prefeituras de todo o Brasil, permitindo a implantação de centros de recepção desses pneus inservíveis, os Ecopontos, disponíveis a todo o cidadão. O de Capão da Canoa, que os armazena até a destinação final ambiental correta, localiza-se dentro de um dos galpões do Centro de Triagem Municipal, no Aterro Sanitário Municipal – Estrada da Laguna, s/n.°, Km 05, Distrito de Arroio Teixeira, que tem na coordenação o Técnico Agrícola Levi da Rocha e sob a responsabilidade técnica do Engenheiro Civil André da Cruz.
Embora a Resolução, que tem força de lei, afirme que o dever do correto armazenamento e destinação dos pneus é dos fabricantes, importadores, distribuidores, revendedores e consumidores, frente à responsabilidade mútua, deve ser feito via parcerias entre municípios, borracheiros, mecânicos, sucateiros, no exercício de suas funções, e cada cidadão, no seu dia a dia. Antes de destinar o pneu que não serve mais para rodar ao Ecoponto, é indispensável que todos zelem e mantenham-nos em lugar abrigado ou coberto, para evitar que a água se acumule: um gesto simples, lembra a Bióloga Fernanda Germano, da AGROAMBIENTAL.  As pequenas ações do cotidiano, somadas a ações coordenadas evitam danos e doenças, salvando vidas. E acrescenta, o pneu reciclado gera materiais com centenas de utilidades, como fabricação de tapetes para automóveis; saltos e solados de sapatos; colas e adesivos; rodos domésticos; câmaras de ar; tiras para indústrias de estofados; buchas para eixos de caminhões e ônibus, cobertura de áreas de lazer e quadras esportivas, playgrounds; móveis; canteiros; contenções; além de emprego e renda.
Uma simples e boa calibragem e alinhamento podem reduzir o consumo de pneus. Campanhas para ideal consumo e destinação devem ser disseminadas, principalmente, pelos segmentos que lidam com o mercado consumidor, conscientizando seus clientes em relação aos deveres mútuos, além das conseqüências que pode causar o armazenamento e destinação incorretos desse material. Através da participação integrada dos segmentos, a reação da ideal logística é inviabilização ou extinção do meio ambiente propício à proliferação de vetores transmissores de doenças. 


AGROAMBIENTAL LTDA. Assessoria de Comunicação

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